quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Variações Linguísticas - A Variação Diastrática

 Aqui temos uma representação da variação diastrática,claro que para um falante da língua portuguesa,sem conhecimento científico da língua,observaria primeiramente o humor centrado na maneira popular do dialeto brasilero,além de apresentar as tão temidas dúvidas gramaticais,mas você deve estar se perguntando: E onde entra a variação diastrática?E o que ela é? Bem,variação diastrática ou variação sociocultural constitui um dos tipos de variação linguística em que o falante é inserido,ela está relacionada ao perfil desse falante.Vem do prefixo grego "dia " que significa "através de" e o radical latino "estrato" que significa "camada",sendo então aquela que ocorre por meio das camadas.A variação diastrática é relacionada á Idade,Profissão,Sexo,Nível de Instrução,ou seja dos níveis sociais.Um grupo específico de pessoas possuem a mesma maneira de falar, um exemplo pode ser encontrado entre jovens que possuem a mesma idade - Uso de Gírias - "E aí,Beleza ?!" "Se liga,meu!" São expressões muito usadas no dia a dia deles, não podemos deixar de falar do exemplo que está no video caracterizado pelos policiais (a profissão)onde eles utilizam seu próprio vocabulário - Elemento - "Pessoa", "Positivo","Operante",no nível de instrução onde a maioria é representada pela classes baixas - Problema - "Pobrema",Vidro - "Vrido",enfim poderia exemplificar uma gama de assuntos sobre as variações diastráticas e seu uso,e espero que esse texto e o video (risos) tenha esclarecido de forma sucinta algumas de nossas dúvidas.

Unidade e variedade Linguística

O conceito de língua é bastante amplo, englobando todas as manifestações indivíduais, com suas incontáveis possibilidades. Dentro desse extenso universo, há também variações que não são decorrentes do uso individual da língua, mas sim de outros fatores.
1. geográficos: formas que a língua portuguesa assume nas diferentes regiões em que é falada.
2. sociais: pessoas que têm acesso à escola e aos meiso de instrução diferem da meneira de falar de pessoas privadas de escolaridade.
3. profissionais: certas atvidades nos obrigam a ter o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas.
4. situacionais: em diferentes situações comunicativas, um mesmo indivíduo emprega diferentes formas de língua.
Falar ou escrever também implica profundas diferenças na elaboração de mensagens.
A escrita tem normas próprias, tais como regras de ortografia, que não é percebida na fala, evidentemente. Escrever é diferente de falar, para que um discurso seja bem-sucedido deve constituir um todo significado e não fragmentos isolados justapostos. Assim como em uma conversa, um texto necessita de elementos que estabeleçam uma ligação entre as partes, elos significativos que confram coesão ao discurso.
Na variedade de expressões, só conseguimos compreensão, se as partes obtiverem um conhecimento prévio da forma única que cada indivíduo comunica-se. Ainda que em gírias, palestras acadêmicas ou na sala de estar é necessário saber ouvir, para entender o que nos é dito.
Ainda que o falante possua amplo conhecimento de outras línguas, o que importa este diferencial, se não conhece as orgens de sua língua materna.
A variedade, é outro idioma dentro de nosso idioma, cheio de curiosidades  e tesouros linguísticos à srem estudados e respeitados por nós. Para que se eternize os melhores contos, os maiores poetas, não énecessário que ele diga 'melhor', basta entendermos que o 'mió' é  pesquisar, interar-se com o natural do Brasil.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Variações Na Língua

    A Língua Portuguesa é muito rica, dentro dela existem muitas variações, que podem ser determinadas pelo tempo ( através da história), ou  pelo espaço ( regional ) . Geralmente ocorrem mais variações na língua falada do que na língua escrita. As variações ocorrem em diferentes grupos sociais, também depende do grau de escolaridade do indivíduo.
     Indivíduos que pertencem ao mesmo grupo social podem variar seu modo de fala ou seja, seu estilo de acordo com as diferentes circunstâncias de comunicação : se o indivíduo está em um ambiente familiar ou profissional,  o grau de intimidade, o assunto a ser  tratado, e quem são os receptores.

O estilo informal :
    É  utilizado quando há pouca reflexão do indivíduo sobre as normas linguísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano. 

 O estilo formal : 
    É utilizado quando o grau de reflexão é bem mais elevado, em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais elaborado e complexo.  
  
  Existem também gírias e jargões, que são utilizados por grupos específicos, como profissionais de uma mesma área,( médicos, policiais, profissionais de informatica, entre outros. ), jovens ou grupos marginalizados.
Podemos analisar a diferença na fala das diversas regiões do Brasil , isso ocorre também por conta da colonização de cada lugar por diferentes países e culturas, havendo assim uma mistura de culturas e ao mesmo tempo a diferenciação no modo de fala  de cada região. Não é só isso que influência, como já fora citado antes existem  as variações de acordo com o tempo e as camadas sociais.

Exemplos:

Variação Diatópica :
    
    Bergamota ou Vergamota - em Florianópolis e na região Sul.
    Mexerica - Minas Gerais
    São dois termos utilizados para designar um mesmo objeto, ou mesma coisa.

Variação Diastrática :
  
   Ela pode ocorrer no nível fonético, como " bicicreta, adevogado" etc, ou no nível lexical como a utilização de "presunto" no lugar de cadáver.

Variação Diacrônica :
    
    Vossa mercê- Vós mecê- você .

As mudanças diacrônicas podem ocorrer:
   
    — no som ( pronúncia );
    — na flexão e na derivação;
    — nos padrões de estruturação da frase;
    — ao nível dos significados;
    — pela introdução de novas palavras (neologismos e estrangeirismos).
Fatores de variação:
  
     — internos à língua (pelo desaparecimento de oposições que não se revelem funcionais; pela prevalência do princípio da economia, que tende a eliminar redundâncias; pela introdução de novos elementos com a função de tornarem a comunicação clara/não ambígua);
     — externos à língua (relativos a mudanças políticas e sociais, por exemplo, a criação de fronteiras políticas que é cumulativa à criação de fronteiras linguísticas).
    A língua não está estagnada, muito pelo contrário vive em constante mudança, a língua mudo por conta de seu uso constante, e isso não empobrece, nem dificulta a comunicação, os falantes comunicam-se melhor , e as mudanças ocorrem para que haja essa compreensão mutua.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O subentendido. Tudo Linguístca.

A morte de Nanã

João Guimarães Rosa

3ª parte e última parte da entrevista com Ariano Suassuna.

2ª parte da entrevista com Ariano Suassuana

Roda Viva: Entrevista com Ariano Suassuna

Entrevista Ptativa do Assaré parte 2

Patativa do Assaré parte 1

Linguagem Escrita e Oral 2ª parte.

Língua Escrita e Oral

Lev Vigotsky

Ler e Compreender: os sentidos do texto

Pleonasmo

Entrevista com o Profº Ataliba Castilho.

Variando

A Variação Linguística é riqueza, personalidade da língua, posse de uma nação.
Ah, pois seria muito triste, se exterminássemos  a pureza do Português Coloquial. Todos falariam sérios, com palavras importantes, e sem nenhuma poesia. Usaríamos roupas também sérias, para combinar com nosso novo falar, ternos, vestidos sóbrios pertenceríamos a Nação Monocromática. Tudo igual, sempre o mesmo, nenhuma variante, nenhum tesouro para descobrir.
Nossa que idioma aborrecido, nenhuma palavra original. Sem apelido, sem colorido.
Eu seria Srª Fulana, e você poderia ser Srº Drº Fulano de tal. Oh, mas Fulano e Fulana, é palavra feia, é o falar regional.
Para nós pesquisadores da língua e suas variações, não existe o feio, tão pouco existirá o errado. Pesquisamos o dito, a história da palavra, sua origem, nascimento, é uma maravilha, a pesquisa é descobrimento.
Então no universo do mundo do certo, do português mais que correto.Meu nome seria, Sra. Maria Bem Escrita e Pronunciada, e você Srº Drº José Português Mais que Cultissímo Cultural.
Ora, pois, que língua mais besta, viajaria eu para outro planeta, onde se falasse polenta, caipirinha e respeitassem o falar regional, onde os pratos e palavras seriam importantes, Patrimônio Cultural .
Em um país que desconhece suas origens, a coitada da polenta seria creme de milho de seletissímo milharal. E a caipirinha, tipicamente brasileira, teria o nome pomposo e nada brasileiro, de "drink" de água ardente com açúcar e limão.
Como os pratos típicos, reconheçamos os falares típicos. Aceitamos a variedade, tão comum em nosso Brasil.  É nosso, é original, representado e traduzido para vários países distantes o Português Coloquial. De Ariano, Patativa, Coelho, Soares e Dorival.
Na música, na arte, na comida nas letras, nosso registro flui, como brisa sem fronteiras, água que vence as rochas. Respeite orgulhe se  do falar regional, a norma culta o eterniza, aprendemos nos livros de capas importantes e com seus autores amados e respeitados. Ela é importante para registrar nossa identidade, reproduzida nos grandes livros e nas canções de Wilson Simonal.
É tão sem igual e rica, que nós brasileiros, devemos pesquisar e manter vivo, sem preconceitos e corretivos nosso bom Português Coloquial.
 A variedade é riqueza, repito, é destaque nosso eu criativo e original. Somente o nosso povo conhece a saudade, palavra poética e musical, existe em outros idiomas: missing you (inglês), Sehnsucht (alemão), nostalgie (francês), anhelo (espanhol); e seguiria com tantas mais. Mas, a saudade é nossa, falada, escrita e cantada. Assim, como a vontade de reproduzir o cantar dos pássaaros, usamos na norma culta; o grasnar, piar, assobiar, etc.
Entendemos todos os jeitos, para mantê-lo é importante, pesquisar e reproduzir com clareza, essa singular riqueza da variedade do nosso falar.



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quem somos nós, para discordar? Um belo exemplo do respeito as raízes de nossa gente.

Riquezas da língua portuguesa, aprendendo a respeitar as diferenças.

Criatividade X Oralidade

A filosofia de Rousseau

Sou caipira Pirapora, Nossa Senhora de Aparecida, ilumina minha escura e funda o trem da minha vida..Renato Teixeira.

O FALAR RURAL.
 Ex: vortei

O falar rural apresenta algumas marcas que evidenciam sua relação com o passado, pois traz, em suas formas diversas, alguns traços da língua portuguesa em sua formação, os quais revelam resquícios de outras línguas, como o latim, línguas africanas e línguas indígenas. Nesta seção, serão abordadas as possíveis origens de alguns traços característicos desse falar.
A seguir, apresentam-se algumas marcas peculiares do falar rural e o posicionamento de pesquisadores acerca das possíveis origens destas.


Aspectos fonéticos

a) Iotização

Ex:

Nascentes (1953: 49)
comenta as razões de ordem etnográfica que resultaram na dificuldade da pronúncia do lh pela classe inculta: A dita classe era composta em sua maioria de índios e africanos que não possuíam este fonema em suas línguas; tiveram de aprendêlo,
aprenderam estropiadamente e deste modo o transmitiram aos seus descendentes.” Mendonça (1935: 112) afirma ocorrer esse processo devido a uma influência africana. Já para Melo (1981), essa transformação pode ser uma influência românica ou africana.



c) Alteração de v para b


Coutinho (1958:119),
ao se referir às mudanças do fonema /b/ do latim ao português, afirma: “modifica-se às vezes em v, outras cai”.
Cabe ressaltar que a forma arcaica da variante em questão é bárbaro, portanto as formas apresentadas conservam marcas lingüísticas da origem do vocábulo.

Aspectos lexicais


Aspectos sintáticos
a) Ausência de concordância nominal
Ex:

A tendência de, no falar rural, ocorrer a marca de plural apenas no determinante é apontada por Melo (1981) como uma influência africana: [...] tenho que a influência mais profunda das línguas africanas no português brasileiro se fez sentir na morfologia. É a simplificação e redução das flexões. Realmente, em nossas linguagens populares rareiam as desinências de plural, que tendem a se restringir ao primeiro determinante da frase. E isso tão mais amplamente quando mais baixa a camada popular. (Melo, 1981: 78)

b) Ausência de concordância verbal
Ex:

O verbo também sofre bastante as conseqüências dessa atitude simplista. Muita vez só há oposição de desinência entre a primeira e as demais pessoas, como se vê, por exemplo, do indicativo presente do verbo comprar: eu compro, tu compra (a 2a pessoa de regra só ocorre na linguagem insultuosa), ele compra, nóis compra, eis compra.

O falar dos informantes, mostra uma alteração no cotidiano atual do morador rural que, diferentemente de décadas anteriores, tem acesso à escola, o que também lhe permite o conhecimento, ao menos parcial, da norma culta.
As particularidades lingüísticas identificadas na fala dos moradores de zona rural em questão, resultam de particularidades da comunidade de que fazem parte, o que confirma a estreita relação entre linguagem e sociedade.

FALAR RURAL: É POSSÍVEL ALTERAR UMA
TRADIÇÃO (?)
Joyce Elaine de ALMEIDA BARONAS
Universidade Estadual de Londrina
corpus apresenta ainda marcas do chamado dialeto caipira, evidenciando as transformações ocorridas na língua portuguesa a partir de sua origem latina, mas que também se compõem de pistas de urbanização, com elementos lexicais referentes ao cotidiano urbano e elementos gramaticais que se aproximam da norma culta.  Alguns itens que indicam transformações na vida do atual morador rural, como por exemplo nos meios de locomoção, com a presença de automóveis; nos meios de comunicação, com a presença do rádio, da televisão, do jornal, do telefone fixo, do telefone público e até do celular. O morador rural, hoje, tem acesso a recursos médicos e à escola. Além disso, ele mantém relações trabalhistas e relações sociais na própria comunidade e fora dela. A importância da escolarização nos dados de concordância, tanto nominal como verbal,
nóis veiu juntuus homi quase nenhum vai O uso da expressão pra mó di é assim explicado por Amaral (1920:81): “o nosso caipira usa a fórmula por amor de para exprimir circunstância de causa”. Conforme aponta o estudioso, tal expressão é usada de forma diferenciada, como: pramor de, mor de, mó de. Segundo Nascentes (1953: 111), “a locução por amor de aparece tão desfigurada que quase fica irreconhecível: prumode”. Segundo o autor, ocorrem, em Portugal, as seguintes formas: “Por’môr de (Vasconcelos, Filologia mirandesa, II, 157) pr’amor de (Vasconcelos, Opusculos, II, 507)”.Exemplos citados pelo autor são: caballu/ cavalo, nebula/névoa, em que ocorre a ateração de b para v e ibam/ ia, em que ocorre a queda do b. Ex: braba; Ex: pra mó di dexá limpo muié

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quando a linguagem é música e paixão.

   "Se para os gregos a linguagem é razão, para o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau(1712-1778) ela é acima de tudo música e paixão."
   Podemos nos comunicar pelo gesto, pela palavra, por expressões corporais. O gesto nasce das necessidades físicas naturais; a palavra nasce da paixão, do sentimento. Como declarar amor a uma mulher apenas com gestos? Só a poesia e a música podem fazê-lo.Se as necessidades afastam os homens, a paixão os aproxima. Segundo Rousseau, o homem não começou raciocinando, mas sentindo.
   Iremos comentar as várias formas de falar, com a pena, com o olhar, com as mãos. Para nós, amantes das letras, a linguagem  é romance, poesia e declaração.